Hospital de Cuidados Paliativos em Salvador busca amenizar sofrimento de pacientes e família
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Além de aliviar a dor, hospital quer contribuir com a ciência ao acompanhar pacientes terminais |
Inaugurado na última sexta-feira (31), o Hospital Mont Serrat, primeiro da rede pública do Brasil especializado em cuidados paliativos, recebe os primeiros pacientes. A recepção, no sábado, foi feita pelo governador Jerônimo Rodrigues, que conversou com os familiares, com a equipe médica e participou do primeiro acolhimento.
“Essas pessoas aqui têm esperança de viver, de prolongar suas vidas", disse o governadr Jerônimo Rodrigues. "Então uma vida que a gente salve, já está cumprindo a missão."
Outro objetivo, segundo Rodrigues, é o acolhimento às famílias com técnica, profissionais bem especializados para poder acompanhar as famílias. "Naturalmente, vai servir a outra expectativa nossa, de pesquisa, de análise para melhorar, cada vez mais, a ciência e ajudar nos avanços da medicina para esses tratamentos", disse o governador.
O Estado investiu, por meio da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), R$ 66 milhões na requalificação completa da unidade, que funciona com 70 leitos, ambulatórios, serviços de bioimagem e laboratório.
Os pacientes também terão atendimentos especializados em cardiologia, pneumologia, psiquiatria, nutrologia e terapia da dor. Caso de Maria Elza, de 100 anos, que convive com uma questão renal crônica. A paciente de Bom Jesus dos Passos passa a contar, a partir de agora, com o suporte especializado e com a reabilitação do hospital.
Segundo Yanne Amorim, diretora médica da unidade, serão atendidas pessoas de todas as idades com doenças ameaçadores da vida, irreversíveis, e que não precisem de tratamento sustentador artificial da vida, como alguns utilizados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
“Esse não é um hospital para pacientes com doenças crônicas de longa permanência. A gente vai acolher pacientes com indicação de abordagem para cuidados paliativos. A gente conta, inclusive, com uma equipe focada em reabilitação paliativa. Ou seja, o paciente vem, a gente consegue melhorar o sintoma dele e ele volta para casa. Existe realmente uma parcela dos pacientes que, pelo avançar da doença e pela gravidade do caso, pode vir a óbito conosco e todo esse processo de falecimento e cuidado à família enlutada também serão feitos por uma equipe especializada”, estabeleceu a médica..
“Estávamos em casa, quando ela foi regulada para o hospital. Aí eu disse poxa, será que é aquele do Mont Serrat? Ficamos muito felizes, foi aquela sensação. O tratamento, logo no portão, foi excelente. A gente só tem a agradecer”, dividiu Nivaldo Andrade, genro de Maria Elza.
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